Umas que sempre se esquecem
Outras que sempre nos batem
E muito mal elas nos fazem
Temos que ser descartáveis
Viver vivendo a sorrir
Em vez de maus, ser amáveis
Estamos de passagem, um dia vamos partir
Amarguras, tristezas e pensamentos
Tudo vamos armazenando
Foram apenas momentos
Mas que nos vão martelando
Desilusões com os que pensamos ser amigos
Mesmo com aqueles mais antigos
Deixamos de com eles contar
Vida p’a frente e toca a andar
Há coisas que ficam para sempre
Mesmo que se siga em frente
Grãos ficam no sapato
Ser culpado sem culpa é chato
Facas nas costas me espetaram
Muito mal elas causaram
Fodass pás brincadeiras
Fruto de puras asneiras
O dia corre muito mal
Mais logo vou correr pró ramal
A cabeça aliviar
Mal estar vai passar
Embrulhadas a mais
Voam ventos e vendavais
Não se ouvem os pardais
Não são tempos tradicionais
Amigos temos que preservar
Os bons não são fáceis de achar
Mas alguns metem a pata na poça
Riem-se depois, mas fizeram moça
Quadras vou fazendo
Tempo a passar
Irritações peso vão perdendo
Irritações há que evitar
Dinis Gorjão - Setembro de 2008
1 comentário:
Profundo... Desilução.
ESIR
Enviar um comentário