sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Praia‏

Foi num dia em que a areia
Escaldava e o Mar a arrefecia
Que decidi percorrer toda a Praia
Era tão imensa que no horizonte vivia
A outra extremidade...
Decidida e consciente pelo
Que haveria de passar assim fui...
A Praia estava recheada de pessoas
Pessoas essas que no rosto
Permanecia alegria, humor e descanso.
Durante a dita caminhada, reparei
Que havia pessoas de todos os cantos
Do globo, de todas as cores e nacionalidades.
Em simultâneo reparava no Mar,
Sereno e calmo, governava
A cor esmeralda que pintara o fundo...
No céu, totalmente azul, pairavam
As gaivotas, procurando impacientemente
Um peixe perdido para saciarem a sua fome...
Para trás já ia umas longas horas
E em diante avistara bem perto
O fim da imensa infinidade da Praia,
Cansada, um pouco, calor, imenso,
Por isso decidi-me me refrescar na água,
Permaneci um pouco, para matar o calor
Que se fazia sentir...
Ao sair da água embrulhei-me no toalhão
E, satisfeita, observava tudo
O que tinha caminhado, até que,
Inesperadamente, observei o impossível,
Limpei meus olhos das goticulas
Que por lá escorregavam e olhei de novo.
O impossível tornara-se realidade
E me perguntei
"Será aquilo um anjo?"
Não... era apenas alguem que me fez crescer
Aquele que me ensinou,
Aquele que eu desejei,
Aquele que eu amei...
Que vou fazer eu, pensei,
Relembrei-me pelo que anteriormente passara
E decidi ignorar-te.
Porquê? Para não renascer a velha
Chama da paixão...
Assim foi, ignorei-te como para mim não
Fosses ninguém, como não te conhecesse...
Peguei nas minhas coisas e recomecei
A caminhada, agora para o ponto de partida,
Através do silencio do meu olhar, te ditei
Palavras carinhosas, e um beijo... de amizade...
Durante todo o caminho, interroguei-me
Vezes sem conta, se tinha escolhido
A melhor maneira, eu pensava sempre que sim
Mas o coração, não partilhava da mesma opinião...
Heloísa Coreixo

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