sábado, 29 de agosto de 2009

Quando deixamos a porta aberta

Quando projectamos o nosso futuro tentamos desenhar e definir os próximos passos da nossa vida, pensando que é assim que vamos conseguir alinhar as nossas tortas linhas.
Pensamos num melhor futuro profissional, dando primazia a um trabalho/emprego que se ganhe um bom ordenado, que permita ter uma boa vida e por aí...
Dissertamos mentalmente acerca da conjectura familiar. Do círculo de amigos. Dos hobbies, etc.
E ... quando a nostalgia bate também pensamos no que foi e no que será a nossa vida amorosa.
Reflecte-se acerca do passado e fazemos contas ao que nos escorregou por entre os dedos como um punhado de areia.
Investimos tempo e dedicação em pessoas que depois se perde. O relógio do tempo não pára nem tão pouco se recupera, nunca mais volta.
Vamos caminhando e fechando as portas atrás de nós e só de quando em vez equacionamos a possibilidade de as voltar a reabrir, ou tentar. Porque das pessoas guardamos lembranças, recordações. E as relações criam laços, raízes e hábitos, difíceis de esquecer ou apagar.

É assim o jogo da vida. Íngreme, difícil, estonteante, imprevisível, dolorosa e também deliciosa.

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